O BRASIL QUE ESTÁ DEIXANDO DE SER INVISÍVEL

PSD DEMOCRATIZA A INCLUSÃO DE PRETOS E PARDOS NA POLÍTICA BRASILEIRA.

Pela primeira vez na história, cresceu significativamente a participação de pretos e pardos nas eleições municipais de 2024.

O primeiro parlamentar federal negro eleito foi Eduardo Gonçalves Ribeiro, maranhense e filho de escrava. Antes disso, foi o primeiro afrodescendente a assumir o governo de uma província, a do Amazonas, entre 1892 e 1896.
Posteriormente, foi eleito senador, mas não tomou posse. Em 1897, foi eleito deputado federal, exercendo o mandato até sua morte, em 1900.

“Viva a República sem o preconceito de cor!” Esse foi o lema usado para garantir a posse de Monteiro Lopes, doutor em Direito, abolicionista, nascido em Recife em 1867 e o segundo negro eleito deputado na história brasileira. Após muita luta, ele conseguiu tomar posse em 1909, marcando a continuidade da inserção de pretos e pardos na vida política nacional.

Desde então, o voto étnico preto proporcionou vitórias históricas, como as de Adalberto Camargo, deputado federal pelo MDB de São Paulo; Theodosina Ribeiro, deputada estadual em São Paulo; Mário Américo, vereador em São Paulo e ex-massagista da seleção brasileira de 1970; Paulo Rui de Oliveira, também vereador; Alceu Collares, governador do Rio Grande do Sul; Albuino Azeredo, governador do Espírito Santo em 1991; Benedita da Silva, governadora pelo PT em 1989; e Celso Pitta, prefeito de São Paulo em 1996. Outros exemplos incluem Leonel Brizola, com seu “Socialismo Moreno”, que, apesar dos esforços, não conseguiu aumentar significativamente a representatividade afrodescendente nas eleições de 2006 e 2008.

Em 2010, o cenário começou a mudar. A participação de afrodescendentes na política brasileira cresceu 3% em relação a 2008, alcançando 8,5% no Parlamento. Nesse ano, 43 deputados e deputadas afrodescendentes foram eleitos. O PT liderou com 14 parlamentares autodeclarados afro, seguido por PMDB e PRB com seis cada, PTB com quatro e PSB e PR com três cada.

O PRB destacou-se ao promover lideranças políticas afrodescendentes oriundas de grupos evangélicos, muitos ocupantes de cargos de alto escalão nas principais igrejas, como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Igreja do Evangelho Quadrangular.

No mapa geopolítico, a Bahia lidera na representatividade parlamentar afrodescendente, com sete deputados federais eleitos em 2010. Maranhão, Rio de Janeiro e Minas Gerais também se destacaram. Nas Assembleias Estaduais, foram eleitos 39 deputados estaduais ou distritais, com a maioria pertencendo ao PT.

Ainda assim, a representatividade afrodescendente no Congresso Nacional em 2010 era de apenas 8,5%, com um único senador afrodescendente.
Apesar disso, a evolução da participação feminina e afrodescendente é evidente. Hoje, 53 milhões de mulheres trabalham fora de casa, representando 54,34% da população economicamente ativa. No entanto, apenas 5% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres, e seus salários médios representam apenas 20,5% do que recebem os homens.

Nas eleições municipais de 2024, o cenário para afrodescendentes melhorou.

Pela primeira vez, candidatas e candidatos puderam se identificar como pretos, pardos ou quilombolas. No estado de São Paulo, as candidaturas negras para prefeitura representaram 14,57% do total, comparado a 13,16% em 2020 e 11,32% em 2016.

Entre os prefeitos eleitos em São Paulo em 2024, 10,53% eram afrodescendentes, uma alta em relação aos 6,27% de 2020 e 5,25% de 2016.

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